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Polêmica arbitral no Clássico feminino (FC Barcelona – Real Madrid)

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O Clássico feminino entre o FC Barcelona e o Real Madrid, que foi realizado em 23 de março de 2025 no Estadi Olímpic Lluís Companys de Montjuïc, foi um momento histórico: a primeira vitória do Real Madrid feminino sobre o Barça após 21 encontros (1-3)! No entanto, o resultado foi ofuscado por uma controvérsia arbitral que despoletou um intenso debate na mídia, nas redes sociais e entre as jogadoras do partido. Em seguida, oferecemos-lhe uma análise detalhada do encontro, a jogadora mais valiosa (MVP), a polêmica da arbitragem, as reações e as narrativas que evidenciam certos favoritemos.


Análise do partido


O encontro começou com um Real Madrid bem posicionado, aproveitando sua sólida defesa e a rapidez nas transições. No minuto 41, Alba Redondo abriu o marcador com um cabeçaço após um centro preciso, demonstrando a efetividade da equipe branca nas jogadas a balão parado. Por sua vez, o Barcelona, que costuma dominar, teve um primeiro tempo algo irregular, com pouca clareza nos últimos metros apesar de controlar a posse.

Na segunda metade, o Barça reagiu com a entrada de Salma Paralluelo e Jana Fernández, intensificando sua pressão. Caroline Graham Hansen empatou no minuto 67 com um cabeçaço após um centro de Mapi Leão, devolvendo a esperança aos fãs culés. No entanto, o partido foi aplicado nos minutos finais. Após a polêmica anulação de um gol de Jana Fernández no minuto 81 (que se detalhará mais adiante), o Real Madrid sellou sua vitória com um duplote de Caroline Weir: primeiro em 88, após um passe de Linda Caicedo, e depois em 97, aproveitando um rebote em uma jogada duvidosa que muitos consideraram um “gol fantasma”.

O Barça, líder da Liga F com 63 pontos, viu sua vantagem reduzida a apenas 4 pontos sobre o Real Madrid (59), que também tem um partido pendente. Esta derrota, a segunda do Barça na temporada, rompeu sua racha de imbatibilidade em Clássicos e avivou a luta pelo título.


MVP do partido

Caroline Weir A jogadora mais valiosa levou todos os aplausos. A Escócia, com seu impressionante duplo nos minutos finais, não só sellou uma vitória histórica, mas também mostrou sua incrível qualidade técnica e sua capacidade para estar no lugar certo no momento certo. Seu primeiro gol, um disparo preciso após uma grande assistência de Caicedo, e o segundo, aproveitando um balão solto, foram chave para o triunfo. Além disso, sua presença no meio campo foi fundamental para que o Madrid mantivesse o equilíbrio ante o cerco da equipe culé. Weir, no seu melhor momento desde que chegou ao clube branco, tornou-se um símbolo do crescimento competitivo da equipe.

Menção honorífica para Caroline Graham Hansen, cujo gol e constante perigo pela banda direita a converteram na melhor de sua equipe, embora não pudesse evitar a derrota.


A polêmica arbitragem detalhada


O momento decisivo do partido chegou no minuto 81, com o marcador empatado 1-1. Jana Fernández parecia ter anotado o 2-1 para o Barça após uma jogada que começou Alexia Putellas, que enviou um passe a Graham Hansen. A Noruega, que estava em uma posição legal segundo as repetições, não tocou o balão, que foi limpo de cabeça pela defensora do Real Madrid, Yasmim Assis. Jana, chegando de trás, conseguiu superar Missa Rodríguez. No entanto, a árbitra Olatz Rivera Olmedo, com a ajuda de seu assistente, anulou o gol por um suposto fora de jogo de Graham Hansen, uma decisão que as imagens demonstram que foi incorreta: no momento do passe de Alexia, nenhuma jogadora do Barça estava em posição anti-reglamentaria.

A falta de VAR na Liga F, que só é utilizada nas fases avançadas de competições como a Champions, intensificou a controvérsia. Especialistas como Eduardo Iturralde González, em Carrusel Deportivo, comentaram: “É um gol legal. Esta jogada mudou o rumo do partido, já que seis minutos depois, Weir anotou o 2-1 para o Madrid, e o terceiro gol, no minuto 97, sellou um final caótico sob uma intensa granizada.

Outro momento controverso foi o terceiro gol do Madrid, que foi validado apesar das dúvidas sobre se o balão cruzou completamente a linha após um cabeçaço de Athenea do Castelo e o remate de Weir. Embora as imagens não sejam conclusivas, a decisão arbitral voltou a favorecer o Madrid, o que avivou as críticas.


Reações nas redes sociais

Meios:

  • Sport.es Ele titularizou “Escándalo no Clássico feminino: gol anulado ao Barça por fora de jogo inexistente”, qualificando a decisão como “incomprensible” e destacando a indignação culé.
  • Mundo Desportivo Ele falou de um “grave erro arbitral” que “impideu a remontada” e afirmou que “o Madrid precisou de ajuda para ganhar pela primeira vez”.
  • 20minutos.es analisou a jogada frame a frame, concluindo que “não havia infracção posicional” e lamentando a falta de VAR.
  • ElNacional.cat O futebol feminino entrou numa nova dimensão, já conhecida no masculino.
  • Em contraste, mídia afins ao Madrid, como Defesa Centralminimizaram a polêmica, focando-se na “hazaña histórica” e criticando Iturralde por “não se documentar” sobre as jogadoras.

Redes sociais: Em X, a controvérsia tornou-se tendência. Usuários culés como
@iqsolita expressaram que foi “um dos roubos mais descarados da
história”, enquanto @SVargasOK destacou a ausência do VAR como um
factor crucial. @FCBNOTICIAS compartilhou o vídeo da jogada, que
Acumulou milhares de interações com comentários como “Vergüenza arbitral”
Ou então ganha o Madrid. Por outro lado, amadores neutros e
madridistas celebraram a vitória, publicando mensagens como “Histórico,
“O Barça já não é invencível”.


Declarações de jogadoras e treinadores

FC Barcelona:

  • Alexia Putellas“Eu vi o gol de Jana e não é fora de jogo. A árbitra disse-me que era de Caro [Graham Hansen] no bloqueio, mas não era assim. O VAR seria positivo para a competição”. A capitana, visivelmente frustrada, mezclou crítica arbitral com autocrítica: “Não estivemos em nosso nível”.
  • Jana Fernández“O gol te condiciona. Em 80′ com 2-1 tudo muda. Não é desculpa, mas ajuda que o esporte seja mais justo”. A autora do gol anulado pediu explicitamente o VAR.
  • Pere Romeu“É uma realidade que o gol de Jana condiciona o Clássico. Vi-o e é muito claro: gol. Te punhas 2-1 em falta de 10 minutos e o partido teria sido diferente. Não foi o nosso melhor dia, mas isso vai nos ajudar a corrigir”.

Real Madrid:

  • Alberto Toril“Rompemos uma barreira psicológica. Somos justos vencedores. Fico feliz pelas jogadoras e pelo clube”. Evitou entrar na polêmica, focando-se no mérito de sua equipe.
  • Caroline WeirAtravés de redes, celebrou com um “Hala Madrid!” sem mencionar a controvérsia, centrada em sua dupla e vitória.

Narrações do partido e preconceitos

As retransmissões refletiram favoritemos evidentes:

  • DAZN, com direitos da Liga F, manteve um tom neutro na narração, mas os comentaristas culés convidados (como ex-jugadoras do Barça) insistiram no “erro flagrante” e no “robo”. O vídeo da jogada, partilhado por @DAZNFutbol, acumulou críticas à arbitragem.
  • TV3, canal catalão, adotou uma abordagem claramente pró-Barça. Seus analistas falaram de “escândalo” e “decisão injustificável”, enquanto o relato em direto mostrou indignação com cânticos de fundo como “Assim ganha o Madrid”.
  • Meios madridistas, como Real Madrid TV (embora não retransmitiu em direto), destacaram em sua análise posterior a “vitória épica” e o “fin del domínio culé”, passando por alto a polêmica ou jogando como parte do futebol.

Conclusão

O clássico feminino de 23 de março de 2025 será lembrado não só pela primeira vitória do Real Madrid, mas também por uma polêmica arbitral que deixou o FC Barcelona com um sabor amargo. Caroline Weir destacou-se como a MVP, mas toda a atenção centrou-se no gol anulado a Jana Fernández, um erro que, sem a ajuda do VAR, mudou o rumo do partido. As reações de jogadoras e treinadores, juntamente com as narrativas sesgadas, mostram a crescente rivalidade e a necessidade de tecnologia para garantir a justiça em um futebol feminino espanhol que se torna cada vez mais competitivo. Este encontro, em vez de fechar velhas feridas, reavivau o debate sobre a arbitragem e promete mais capítulos intensos na luta pela supremacia.